Carta aos sobreviventes de 2020

Chegamos em dezembro de 2020…Uffa, parecia que esse ano não iria terminar nunca, não é verdade? Ao contrário do que imaginávamos lá no dia primeiro de janeiro, 2020 foi um ano da virada, mas não da maneira que desejávamos. 2020 nos virou do avesso, esfregou na nossa cara que não somos tão fortes como pensávamos, escancarou que não temos controle de nada e revelou nossas fragilidades como humanos que somos. 

Esse ano foi um ano desafiador, não há dúvidas! Não houve quem não ficou perdido, quem não tenha tido seus planos mudados, quem não tenha sido invadido pelo medo, ansiedade, angústia e tantos outros sentimentos dos quais queríamos fugir. Ficamos em estado de alerta: como será o amanhã? Tudo saiu do lugar e do plano traçado. Que ano foi esse, ainda nos perguntamos!

Podemos ficar aqui lamentando por tudo de ruim nos aconteceu ou podemos olhar além. Creio que 2020 foi um convite à reflexão para humanidade: o que vocês estão fazendo com a existência de vocês? Com o tempo de vocês? Com vocês mesmos e com as pessoas à sua volta? 

Acredito que todos nós, em alguma medida, fomos obrigados a desacelerar e repensar algumas coisas em nossas vidas. O que é mesmo minha prioridade? Como anda mesmo as minhas relações? Quem sou eu e o que eu quero? Acredito que essas foram algumas perguntas que passaram pela nossa cabeça, pelo menos na minha. 

A imposição do isolamento social e viver a solidão por “livre espontânea pressão”, colocou em cheque nossa saúde emocional, trouxe à tona muitas emoções, ficamos mais sensíveis e mais desejosos um do outro, afinal, não somos uma ilha. Por outro lado, conviver mais tempo com algumas pessoas estremeceu as relações e ora ou outra questionamos “quem é essa pessoa que mora comigo? Não conheço”. Houve também quem não estava suportando a si mesmo, parece que o jogo virou! Rsrs 

Fomos chamados para um mergulho interno, tivemos que ser criativos, sair da zona de conforto, se adaptar, e principalmente: resgatar nossos valores, avaliar o que realmente importa, observar e valorizar as pequenas alegrias, os encontros no dia-dia e os momentos simples da vida e que não tem preço. 

Mas o que quero te dizer mesmo, é que se você chegou até aqui, se você sentiu medo de não escapar ou de perder pessoas para o COVID-19, se você sobreviveu ao 2020, que tipo de vida você quer levar? Pelo que vale a pena ter sobrevivido? 

Faço essa provocação carinhosamente, para que agora que você percebeu o quanto a vida é frágil e finita, você faça valer cada dia novo e perceba que realmente cada novo amanhecer é um presente e uma oportunidade, por mais difícil que seja. 

Qual é a história que você irá escrever? A caneta está em suas mãos!

Com Alegria,

Psi Tamirys Carvalho

Gostou do texto? Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

19 − 3 =