Se não é no coração, onde acontecem as emoções?

Quando falamos em emoções e sentimentos, geralmente a imagem que vem a mente é o coração. Socialmente e culturalmente as emoções são referenciadas como se fossem sentidas no coração, não raro ouvimos frases como “Meu coração ficou apertado!” “Meu coração ficou alegre!”, “Você mora no meu coração!”, entre outras.

O que desconhecemos é que na verdade, todas as emoções acontecem no cérebro, isso mesmo, é no cérebro que na  verdade “sentimos”. As emoções, são na  sua essência, impulsos e  sensações que tem origem no nosso cérebro e que por sua vez  prepara o corpo para emitir diferentes respostas. Ou seja, as emoções provocam reações no nosso corpo numa espécie de sinalização de como devemos agir. 

Na evolução da espécie humana, as emoções eram determinantes para a sobrevivência, ou seja, era o impulso emocional que permitia agir imediatamente frente uma ameaça, por exemplo. A própria palavra emoção que é do latim movere que significa “mover” acrescentada do prefixo “e” denota afastar-se, indicando que em qualquer emoção está implícita uma tendência de agir imediato. 

Cada tipo de emoção irá provocar reações diferentes no corpo o que pode determinar a forma que reagimos frente às diferentes situações. Vejamos alguns exemplos:

Quando sentimos raiva, o sangue corre para as mãos, os batimentos cardíacos ficam mais acelerados, adrenalina percorre por todo o corpo, gerando pulsação e energia, deixando o corpo pronto para tomar uma atitude vigorosa.Isso explica porque pessoas que estão com raiva ficam mais propensas para agredir.

Ao sentirmos medo, o sangue concentra-se no esqueleto, sobretudo das pernas,facilitando a fuga caso seja necessário. Como o sangue vai para parte inferior do corpo, isso explica porque o medo deixam as pessoas “pálidas”. Por um instante o corpo fica imobilizado, mas logo os hormônios disparam preparando o corpo para agir.

Já o amor provoca uma estimulação parassimpática, ou seja, de relaxamento, trazendo a sensação de satisfação, deixando o corpo num estado geral de calma. Isso explica o porquê de “andarmos nas nuvens” quando estamos apaixonados.

Quando estamos tristes a velocidade do metabolismo é reduzido, reduzindo também a nossa energia e entusiasmo para fazer as coisas, principalmente aquelas que entendemos como prazerosa. Agora você pode compreender porque quando a tristeza bate, a vontade é só de ficar jogado na cama ou no sofá.

Quando ficamos surpresos, imediatamente há o levantamento das sobrancelhas e arregalamos os olhos, é uma forma para facilitar a entrada de luz na retina para que possamos enxergar melhor o que está acontecendo.

Bom esses são apenas alguns exemplos de como as emoções desencadeiam reações distintas no corpo. É importante ressaltar que todas essas alterações fisiológicas ocorrem muito rapidamente, por isso não raro, em situações extremas ouvimos pessoas dizerem que agiu por impulso e quando deram conta “já era tarde demais”.

Com Alegria,

Psi Tamirys Carvalho

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